terça-feira, 27 de novembro de 2012

O que restou

E o amor que era eterno o que virou?
Dobrou a esquina e me deixou
Virou as costas tristes e voou
Rumou pra o infinito eterno que encontrou

E o amor que era belo o que virou?
Um disfarce sorridente plenamente amargurado
Descontente de seus enganos
Fazendo para si mesmo, sozinho, novos planos

E o amor que era solido o que virou?
Uma poça secando ao sol
Uma luz fraca em antigo farol
Uma alegoria da agonia

E o amor que era puro o que virou?
Uma meretriz dizendo ser atriz
Um vingança sórdida e mórbida
Entorpecida de encantos jogada pelos cantos

E o amor que era meu o que restou?
Nada, apenas uma porta escancarada
Um asilo, um abrigo escondido
Um caminho insano perdido.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Sombras no escuro

       -Existia um ser que se movia de um lado para o outro, elá não sabia o que era nem o que fazia, não sabia a força que possuía, ou mesmo o que era força. Esse estranho ser notou que para onde se movia, algo que era completamente o oposto dele movia-se na direção contraria. O outro ser, supostamente contrario, vivia seus dias da mesma forma, sem saber o que era ou o que fazia, sem saber a força que tinha, até que também percebeu que para onde se movia o ser que era seu oposto movia-se na direção contraria. Até que o primeiro ser resolveu se aproximar do segundo, eram tão opostos que se completaram. O primeiro ser perguntou ao segundo o que ele fazia lá, andando de um lado para outro, e por que fugia dele. Sem saber o que dizer o segundo ser repetiu as mesmas palavras, alegando que quem fugia não era ele. A primeiro ser, por alguma razão, parecia ter um lado curioso, indagava muitas coisas e se nomeou Clareza, o outro ser que seguia Clareza desde que se tocaram se nomeou Sombra, a Sombra não tinha capacidade de fazer nada por  si só, dependia de todas as coisas que a Clareza fazia e a imitava. Desse dia em diante a Clareza sabia o que era e conhecia a Sombra que sempre a seguiria.

       A Clareza estava em um lugar iluminado e vivia seus dias em prosperidade mesmo sabendo que a Sombra sempre a seguia e a imitava distorcendo os atos de ambas. Porém não sabiam ao certo onde estavam, foi então que a Clareza decidiu expandir seus conhecimentos novamente, saindo do lugar iluminado onde sempre viveu, ao sair se deparou com um cenário muito contraditório ao que estava acostumada,e a sombra sempre a seguindo, muitos seres habitavam nesse novo lugar, seres que viviam nos ares, na água, na terra, nos bosques e em tudo mais que se pudesse ver. Ela decidiu conviver junto com essas criaturas e mostrar o que sabia para elas, mas para isso teria de entrar dentro dos seres. Ao conversar com as criaturas chamadas animais, a Clareza se apresentou, porém os seres não se mostraram receptivos em recebe-la, isso porque a Sombra era parte dela e teria de entrar junto. A Sombra e Clareza andaram por muitos e muitos lugares tentando achar algum animal que as aceitasse, mas não obtiveram sucesso, até que depois de muito tempo a Clareza se identificou um pequeno ser que observava o mundo com a mesma energia que ela observava sua Sombra tempos antes. Ao se apresentar para a criatura a Clareza foi muito bem recebida, mesmo ao dizer que teria de entra com sua eterna companheira a Sombra ela foi bem-vinda. Dentro da mente do ser que a Clareza chamou de Humano encontrou muitas coisas curiosas e por onde a clareza passava tudo parecia mudar, ela andou por todo o ser dando a ele Consciência. A Consciência se tornou uma grande amiga da Clareza e a Sombra se fez presente novamente, para imita-la criou a Ignorância, e essa quatro forças viveram dentro da mente dos homens.

       Sombra e Ignorância se tornaram grandes aliadas, mas não conseguiam ser tão fortes ou importantes quando suas opostas. Até que a Ignorância resolveu criar a Duvida para o homem, mostrou a eles coisas que a Sombra havia criado pelo mundo, coisas que não possuíam Clareza, mesmo ela sendo mais convincente os homens pareciam sentir-se mais atraído pelo que não conheciam, a Duvida levantou varias questões aos homens que a ouviam muito. E a sombra sempre estava lá observando o homem. Quando o homem olhou sua própria sombra sentiu-se preso a algo que não conhecia, indagou os céus e a terra e nada mais parecia ter Clareza para eles, dentro da mente dos homens a Sombra aumentou, com ela a Ignorância se tornou mais forte. A Clareza e a Consciência se tornaram fracas e pouco ouvidas, cercadas de Sombras e Ignorância elas se calaram e o Homem que sabia que pensando ele existia se tornou uma sombra do que aceitou um dia. A Sombra escureceu as mentes e o mundo, os homens que hoje não conseguem ver nada com Clareza existem como Sombras no escuro.


terça-feira, 13 de novembro de 2012

SONHO

Eu estou indo para onde você me leva
Eu sou um fantasma de quem você é
Estou a caminhando por uma mesma estrada
Eu sou a sombra que te segue
Um sonho
Sonhe comigo
Sonhe que estarei contigo

Faça agora, façamos já
Podemos voar
Quando for o tempo certo
Nós saberemos
Que já passou

Eu estou vendo tudo que desejou
Eu sou de novo o que tínhamos
Estou nascendo por uma mesma razão
Eu sou a sobra do teu sangue
Um sonho
Sonho que se foi
Sonhando comigo e eu contigo

Façamos agora, tudo de novo
Podemos desejar
Quando foi o tempo certo
Nós não sabíamos
Que se passou

Existem/Existem?

Tem alguma coisa errada comigo
Tem alguma coisa errada com você
Tem coisa errada no mundo inteiro
Tem algo errado com o que estão ensinando
Com essa filosofia pobre que circunda o mundo

Matem os bárbaros
Matem os bárbaros
Detonem suas palavras para que se percam
De a eles veneno na aguá

Suas crianças estão aprendendo os bons modos
Sucumbindo em suas paredes lustradas
Tendo uma boa conduta
Escondendo suas lagrimas
Negando sua humanidade
Plastificando seus rostos
Parecendo ainda mais belos

Tem alguma coisa errada comigo?
Tem alguma coisa errada com você?
Tem alguma coisa errada no mundo inteiro?
Tem algo errado no que estão ensinando?
Essa filosofia pobre circunda o mundo?

Matem os bondosos
Matem os bondosos
Suas palavras delicadas cheirando a veneno
Poderosas e gloriosas

Suas crianças estão aprendendo os bons modos?

Novo mundo











Estradas cheias
Mentes vazias
Corações abandonados
Geração se tornando burra
Burrice se tornando mania
E manias de grandeza concretizando realidade

Doce luxuria para alimentar o ego
Inflando o peito para provar
Que o gosto disso
É tão insipido que se dissipa antes que possa senti-lo

Oh meu doce amor
Volte para mim com teu antigo canto
Em campos floridos
Em sombras refrescantes
Em primaveras que encantam

Paz que desejamos e lutamos contra
Crimes que espalhamos pra elimina-los
Ódio para trazer a paz
Uma maneira triste de buscar a felicidade
Liberdade que está presa em palavas
Constituindo um novo mudo vergonhosamente perdido

Oh meu doce amor
Volte para mim com teu antigo fervor
Suas palavras pareciam verdadeiras
E agora o que sobrou de tudo isso?
Não sabemos o que devemos querer
Até que mostrem e possam decidir por nós

Meu triste amor
Você dirá para mim:
Vá para longe

Meu triste amor dirá para você
Vá embora, para longe

Meu doce amor
Volte para mim com seu coração sábio e aberto

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Caminhando por lá

Houve um tempo que me senti jovem
Com ambições tão puras que nem me lembro

Houve um tempo em que não me preocupava com a reputação
Tive verões em que cantei canções que me faziam sorrir
E hoje me pergunto onde esses tempos estão

Se pudesse caminhar pela escuridão de minhas lembranças
Eu me guiaria de volta para luz

Naqueles tempos não havia respeito pelo desprezo
Nem a vontade de me transformar no que não gosto
Vestir uniformes que não cabem em minha mente

Se pudesse caminhar pelo escuro que tem medo
E pudesse transformar tudo em luz
O que estaria escondido por lá?

Solidão


Gotas de chuva lamentando seu cair
Ascendo a lareira e um charuto
Observando o tempo que passa lento,
respingando em minha janela
Frio que me cega de medo,
os dedos cruzados e a fumaça que os cruza
Cinza está o dia, memorias perdidas
e sorrisos que se vão
Cinzas caídas no chão

Tão alto quanto desejo ir
Mais para fora do que para dentro

Vou sussurrar e te esperar
O tempo de uma eternidade para lembrar
E também para esquecer
Que nos trouxe até aqui

Um rio passando silencioso
Navegando em seu esquecimento
Trazendo pedras que brilham para olhos cegos

Um pequeno desejo para saciar a fome
Laços delicados para prender forças
Que desejam a liberdade
A realidade se tornando dura de mais
Para uma alma tão aveludada

Noite entediada dentro de si mesma
Procurando uma estrela para ver seu brilho
Uma lua para lhe iluminar
Gotejando tristezas
Sem lenços para acalmar

Livros contando as mesmas historias
Girando em uma realidade imutável
Felicidade criada para enganar,
para transformar e amenizar
Uma angustiosa solidão

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Único

"Se todos pudessem ver 
As mudanças em cada um de nós"

Cada dia em nossas vidas sentimos medo e
Fugindo de uma mesma verdade a unica razão para estarmos aqui
Viemos de um mesmo lugar e sentimos vomo se não pertencêssemos mais...
Talvez por isso estamos mais longe

Venha e diga o que você ama
As coisas em que você pensa a cada dia
Sinta saudade de alguma coisa
E veja nascer dentro de você
Tudo aquilo que sempre quis do lado de fora
Faça de cada angustia uma porta para a felicidade
Somente nós poderemos completar o que está faltando

Seja você a estar no comando
Não prove a ninguém, apenas mostre a si mesmo
Perca os amigos que tiver de perder, mas saiba que
Apenas quando compartilhados os 
sonhos são belos 
Beije aqueles que roubaram os seus e mostre
Que  bondade sempre ira brilhar mais
Os invernos serão longos, mas a primavera irá surgir
E tudo tornara a florescer!

Venha e diga o que você ama
As coisas em que você pensa a cada dia
Sinta saudade de alguma coisa
E veja nascer dentro de você
Tudo aquilo que sempre quis do lado de fora
Faça de cada angustia uma porta para a felicidade
Somente nós poderemos completar o que está faltando

Um leve silencio sozinho se torna
Como uma chama queimando a razão
Mesmo que tenhamos que ficar quietos sem saber o amanha
Estejamos certos que, o que está dentro jamais desaparece...

Venha e diga o que você ama
As coisas em que você pensa a cada dia
Sinta saudade de alguma coisa
E veja nascer dentro de você
Tudo aquilo que sempre quis do lado de fora
Faça de cada angustia uma porta para a felicidade
Somente nós poderemos completar o que está faltando

O Conto

Cante e me conte
O nome da donzela
Jogue tuas pétalas pelo chão das florestas


Toque tua flauta e me chame para dançar
Me diga teu nome em um mistério
Me chame de tua bela
Trate-me como uma doce donzela
Antes que o a fogueira esquente

Pegue minha mão no som de nossa canção

Cante e me conte
O nome da donzela
Jogue tuas pétalas pelo chão das florestas


Te quero ao meu lado
Enquanto os bosques forem verdes
Brotando vida, e sorrisos ao lado
Da aurora ao crepúsculo

Serenatas na serração
Molhando nosso jovem coração


Cante e me conte
O nome da donzela
Jogue tuas pétalas pelo chão das florestas



Cansado dormiu sobre a relva
Descalço esperava sua recompensa

"Jogue suas pétalas" cantavam os ventos
Verdadeiros meus olhos brilhavam sob a lua
O sol escondido aos poucos nascia


Cante e me conte
O nome da donzela
Jogue tuas pétalas pelo chão das florestas


Bom-dia! Você ira dizer quando me ver
E eu irei correr até cansar os pés
Na beira do rio a cachoeira ira cair
E minha voz deveras seguir

Longos contos para narrarem a linda história
Irão contar as jovens em suas janelas

Cante e me conte
O nome da donzela
Jogue tuas pétalas pelo chão das florestas



Andar e Voltar

Quem é aquele capaz de ver
Os mistérios e a magia das historias
Sofrer por cada beleza que se partiu
Almejar cada manha de sol como se fosse a ultima?

Andar e voltar
Olhar para o azul e sonhar

Linhas secretas narrando o caminho
Por onde passaram os verdadeiros sonhos
Pedras caídas nas estras gastas da vida
Um rei sentado sem sua majestade

Andar e voltar
Olhar para o azul e sonhar

Esperando por um calor sutil no inverno
A sombra de uma abelha no facho de luz que cruza o chão
Uma cautela pura que se esvai com um sorriso
Nossa verdade cálida entregando a verdade

Andar e voltar
Olhar para o azul e sonhar

domingo, 2 de setembro de 2012

Chuva

Durma tão calmo
Através do tempo, descanse
Eu posso encontrar um novo caminho

Uma sinfonia que me leve
Até a paz branca que me aguarda

Tão longe dos desejos da minha vida
Minha noite parece tão longa
Verdadeiro como se o destino 
Tivesse criado seu jogo
Nos enganamos como crianças

Reze pelo  tempo
Peça para que a chuva se vá
E que as luzes não se rendam por fim
Tudo que posso pedir
Está agora adormecido...
Quando minhas velhas palavras
Se apagarem tudo terá terminado
Eu gostaria de poder ter mais uma vez
Ver de novo, ser novamente

Um destino que nos faz chorar
Escuridão está me cercando
E meus olhos já não sabem
Se tudo está do mesmo jeito
Se a verdade é a mesma
Ou se as palavras de antes
Se tornaram venenosas

Tão longe dos desejos da minha vida
Minha noite parece tão longa
Verdadeiro como se o tempo 
Tivesse criado seu jogo
Nos enganamos como crianças

Reze por seu destino
Peça para que a chuva se vá
E que as luzes não se rendam por fim
Tudo que posso pedir
Está agora adormecido...
Quando minhas velhas palavras
Se apagarem tudo terá terminado
Eu gostaria de poder ter mais uma vez
Ver de novo, ser novamente

Durma tão calmo 
Através do tempo
Durma até a chuva passar...

Empty Gaze

Eu queria encontrar uma maneira
De esquecer, de poder seguir em frente
Eu gostaria de saber como fazer
Para deixar tudo aquilo pra lá
E apenas continuar
As coisas mudam em cada segundo
Tão eterno quanto o ultimo

Perco-me nas lembranças
De um ontem iluminado
Que aos poucos foi se apagando
Sangrando e desbotando
Poderia ser mais fácil
Sentir a profundidade de um sentimento
Que me consome por inteiro

"A ultima palavra antes de partir
Um misero olhar brilhante
Esperando ser visto

Sorriso único
Desejando ser tomado
Mas não por aqueles
Braços vazios
Com seu adeus gelado

Dor guardada para ser saboreada
Na solidão dessas lembranças"

Sentir a esperança de em uma próxima vez
Poder curar essas dor
Ecoando infinitamente dentro de mim
Uma solidão completa
E tão sincera
Que não posso culpá-la
Mas como a odeio

"A ultima palavra antes de partir
Um misero olhar brilhante
Esperando ser visto

Sorriso único
Desejando ser tomado
mas não por aqueles
Braços vazios
Com seu adeus gelado

Dor guardada para ser saboreada
Na solidão dessas lembranças"

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Profecia

"Ainda que suas marcas sumam da estrada
Os caminhos estarão no mesmo lugar
E todas as verdades serão escritas por ele"

Invisível e imperceptível, assim se tornam.
Contamine a pureza dos contos
Para que todos se reflitam para você mesmo

Busque as verdades disfarçadas
Dentro de uma canção antiga
Faces amigas olhando com sinceridade
Libertando tudo que prenderam
Dando escolhas que apenas
Não existem

Lendo suas historias tão belas
Abrindo nossos corações
Para entendermos
Que tudo se foi desde o começo
Verdadeiramente perdido
Uma fachada de caminho
Se esvaindo dentro do deserto

Condenando o que louvamos
Até louvarmos o que condenávamos
Lembrando da verdade que se foi
O silencio se repõe como se fosse eterno
Palavras que já não existem mais
Imaginação brilhando em meio a uma luz ofuscante
Medo constante nos fez aceitar

Lendo suas historias tão belas
Abrindo nossos corações
Para entendermos
Que tudo se foi desde o começo
Verdadeiramente perdido
Uma fachada de caminho
Se esvaindo dentro do deserto

No One to Blame

Trancado por dentro
Enclausurado de todos os lados
E tudo pelas coisas que me falou

Cego para as verdades
Ocupado de mais para vê-las
E tudo pelas coisas que me falou

Diga novamente para você mesmo
Que esta quebrado por dentro
Esperando acordado
Os sonhos que migraram
Com todas as doces vozes

Olhar desenganado
Sorriso afugentado
Deixe tudo que sonhou paras tardes
E mergulhe infinitamente na sua noite
Durma no conforto que não lhe permitira
Fechar seus olhos
Peça para que te sigam

Ocupando seu tempo
Desistindo mas vivendo
E toda a culpa sera você


Mergulhe infinitamente na sua noite
Durma no conforto que não lhe permitira
Fechar seus olhos
Peça para que te sigam

terça-feira, 3 de julho de 2012

Uma Serenata Alegre...

O sol se deitando como se sangrasse, silencioso
Era uma vez uma serenata alegre
Manchando os oceanos de vermelho
Secando os desejos como lagrimas tornando-se pó
Para todos os enganos verdadeiros
Mentiras ainda brilham como estrelas mortas
Palavras vagando pelo vazio
De onde se criaram

A noite se levanta tão escura
Minguante a lua tenta iluminar
Minguante os sonhos tentam se mostrar
Sombras na parede não podem revelar
Sussurros não podem cantarolar
Desejos tenros morrendo
Sorrisos congelando suas alegrias
Adormecidos dentro da escuridão
Carregada dentro de si mesmo


Vendido por um preço alto
Mil luas para iluminar uma noite
Mil sóis para esquentar esse frio
Um sonho para tornar verdade
Desejos... que descansam
O sol deitando como se sangrasse, silencioso
Era uma vez uma serenata alegre



quinta-feira, 21 de junho de 2012

O Voo das Harpias

Minhas lagrimas caem ao chão
Meu lamurio é uma canção
Sob a chuva eu não sei o que me espera
Augúrio infernal me dizem que elas estão aqui

Uma melodia lenta e melancólica
Retorica e infinita

As harpias que te cercam te observam
Voando sobre você e sobre todos
Girando com o mundo
O voo das harpias é justo e correto
Ele pode mostrar
Todos os seus rostos
Nos devemos pagar nossas dividas
Para fazermos novas
Esquecer o que perdemos
E lembrar do que ganhamos

Minhas lagrimas não tocaram o chão
Meu lamurio é como uma canção
Com sons de harpas cristalinas
Eu as vejo chegar

Minha dignidade é roubada
Pelos caminhos que segui

Mas você pode se arrepender
Você não irá ver
Ninguém vai dizer
Mas você vai receber

O sol nos dias de verão
Almejo cada estação
Pela minha janela embaçada, posso ver
O mundo passar sem saber

O que eu fiz?
Eu não posso entender
Mas eu posso ver

Que minhas lagrimas...
Ainda não tocaram o chão
Ainda toca a minha canção


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Lagrimas da Noite

Procuras para guiar uma alma cega
Sentidos iludidos por luzes negras
Auras de anjo pra mascarar corações negros
Sorrisos queimando os olhos
Roubando suas cores para vê-las desbotando
E tudo que eu tenho é um pedaço de mim
Dividido em muitos para cobrir-me

Venha até mim, toque-me para ver
Se estamos de novo
Caindo sem ter o que tivemos
E desejando esperança
Merecemos o desejo de sermos
Livres como jamais fomos

E me curvarei a você, majestade
Vendendo aquilo que vai me roubar
E direi suas palavras como se fossem minhas
Oh! Majestade

Censuras inertes na mente
Que segue para um lago seco
Vazio de todas as belezas
Legado de tristeza
Desejando de abandonar sua herança?

Rastejando sobre a verdade
Comendo as sementes que nasceram da terra
Presenteados com a morte
E ainda cegos
Iludidos por luzes negras


E me curvarei a você, majestade
Vendendo aquilo que vai me roubar
E direi suas palavras como se fossem minhas

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Vendo o Vazio

Sinta o sorriso rasgando a carne
As lagrimas desejando o sol para ilumina-las
Despertando para dentro
Imergindo em sonhos calados

Venha pra mim com teu calor
Jogando com o que não pode me parar
Destroçando essas correntes bem a tempo
De sentir os pedaços finais caindo em vão

Sinta o sorriso rasgando a carne
As almas desejando o sol para ilumina-las
Despertando para o vazio
Imergindo em dores que já se perderam

Talvez a paz dessa guerra
Esteja perdida com suas mentiras
Devoção doente acreditando ser sã
Devorando meus segredos a tempo de revela-los

Sinta o sorriso rasgando a carne
As almas desejando o sol para ilumina-las
Despertando para o vazio
Imergindo em dores que já se perderam

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Mono-tonia

E antes do barulho me acordar
Me acordo com o barulho
Sem pensar, sem falar
Sem fazer, sem ver
Me ponho a correr
Daqui pra lá, e de la pra cá

Antes do som me tocar
Me toco do som
Vida complicada
Atarefada, sem largos sorriso
Em avenidas estreitas
Jornada dura, que não dura nada

Prazeres de mais, tempo de menos
Monotonia recostada em uma parede de cimento
Vento surdo sussurrando em meu ouvido
Cânticos doces, longes e perdidos
Vida minha, minha vida
Tão bela, tão linda
E tão esquecida.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Necromancer

E então...
Abracei meu coração sangrando
Meus sonhos, que morriam com cada lagrima solida
Sem você todas as coisas pareciam frias
E por eras essa tristeza me consumira

Os olhos do carniceiro
A triste feiticeira rezando pela noite
Igualmente embebedados
Por um trágico amor
Que consome seus corações

"Lagrimas do entardecer, sorria para mim manha pálida"
"Lua negra que  sobe aos céus, luz gélida em meu rosto"
"Caminhe comigo, encantado pelo som dos ventos"
"Toque meus sonhos, e quebre o arco-iris intangível sobre nós"

O cáminho de cada sonho turvo
Belezas exaltadas enquanto sangra meu coração
Enquanto tu pertenceres a mim
Tua alma estará sepultada aqui

"Esvaneçam lagrimas de poeira, deixem-me para sempre"
"Corra de volta para minhas estrelas, cadentes de tua voz!"

Liberte tua mente do tormento eterno
Longincuo final para narrar
Lamentos que petence a minha bela
A minha eterna rainha da Lua

Sorria enquanto tudo se tranforma
Forma da besta a te observar
Pilastras de sonhos a construir
Um eterno mal a se moldar

"Lagrimas do entardecer, sorria para mim manha pálida"
"Lua negra que  sobe aos céus, luz gélida em meu rosto"
"Caminhe comigo, encantado pelo som dos ventos"
"Toque meus sonhos, e quebre o arco-iris intangível sobre nós"

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Eternidade

Emerge! Teu eclipse de medo
Um segredo que me assusta
Cordas! Penduradas cruzando
Dois mundos diferentes
Caindo! Do lado certo, fingindo
Saber de tudo que não acredita
Pendurado! Em uma duvida súbita
Que se nubla rápido


Emerge! Um clandestino risonho
Defendendo a loucura que nega
Cordas! No picadeiro para o show
Que todos aguardam com temor


"Veste tua vida com trapos
E fura teus olhos oblíquos"


Que os ventos levem 
Todos os segredos
Da vida de sinas


Eu posso olhar para todos antes de ir
Uma vida curta 
Para me dar a eternidade errada
Com seus campos secos
E estradas inacabadas
Me ordeno seguir
Sem ter onde fugir 

Carezza Icy

Todas as crianças estão chorando
Todas estão andando
Com tristeza em seus olhos
Procurando por uma luz
Que está alem, muito alem

"Nos Daremos as mãos em um adeus eterno
Presos em uma liberdade
Que nos mantem unidos
E para sempre trancados"

Força para girar a terra
Sufocado como se estivesse sobre mim
Prove que os caminhos turvos
Me levaram a um lugar bonito
Mostre onde os olhos se abrem de novo
E tire do meu peito
O que enterraram ali

"Nós  cantaremos essa solidão em comunhão
Até que reste apenas o fim
Para a solidão se sentir unica
E para sempre livre"

Tente libertar meu coração
Ele grita nas sombras
Que o aguardam sem um sorriso

"Sonho congelado, pássaro abatido
Abra tuas asas para voar
E deixe que sejam cortadas
No ar"

Tão perto de saber
Tão longe de ver

Do meu ventre a luz eterna
Lagrimas que não caem
Por um coração morto
Que repousa junto ao meu

Que eternamente durmam em paz...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Emaculada

Escolha meu pequeno mundo de caos
Tortura minha mente se for assim
Pele ferida por não ter arrependimentos
Machuque meus curativos de perto

Me marque com teu ódio
Eu sinto-o crescendo
Estupre meus olhos com tua beleza
Aponte teus desejos para os meus anseios

Demoníaco, e tão profundo
Sedutor, e tão profano

Deixe-me tocar teu divino
Sentir o gosto que tu guarda
Emaculada encontre em mim
O que falta em ti

Demoníaco, e tão profundo
Sedutor, e tão profano
Cura Deus as minha dores
Cura Deus as minhas dores

Sucumba a mim, me de teu coração
Leve meu resto de sanidade
Toda sua inocência...
Se perdera

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Salve Rainha

Uma alma que jamais soube
O caminho que andou
De joelhos pede perdão
Salve Rainha...
De-lhe a gloria do Pai
Salve Rainha!

Caído, suas mãos espalmadas
Sorrindo por toda sua culpa
tentando achar uma forma
De levar a dor embora

Que por mil vidas eu clame
Que por minha alma eu sangre
Se minha tristeza for minha cura

Uma alma que jamais soube
O caminho que andou
De joelhos pede perdão
Durma em teu leito
Até ouvir o teu
Salve Rainha!

Que o clamor te tranque
E que tua sentença seja tua devoção
Fraqueza para quem deseja força
Tristeza para quem destruiu a felicidade

Dê-me tua mão
Levanta-te para o fim
Brilho de prisma no jardim
Para quem não soube
Para quem te condenou...

Uma alma que jamis soube
A dor que causou
Não se ajoelha e pede perdão
Salve Rainha!
Estenda-lhe a mão
Salve Rainha...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Manequim

Prove meu sabor e diga do que sou feito
Seque teus olhos, e olhe nos meus
Antes de dormirem perguntem por mim
Tua mão treme de incertezas
Eu vejo com clareza
Poque não louvam tua beleza

E se o mundo cresceu de mais para você
Eu te levarei mais alto

Meu jarro quebrado
Venha para casa me visitar
Torna-te a linha da verdade
Uma cicatriz triste
Tão tênue que nem posso ver

Se as sombras te assustam
Escute elas e vera
Que mesmo que não agora
Em sua hora saberá
Que a verdade estava errada
Por isso foi trancada

E todos viram quando o grande leão se virou
E sua juba brilhou
Todos o temiam, e ele dormiu
Sobre a sombra que descia
Do grande lago oculto

Arcangelus

Nem mesmo as rédeas de ouro
Dos cavaleiros do céu pode prende-lo
Ele imergiu do mar e subiu sobre ele
Uma visão aterrorizante
Mas que me clareou por sua grandeza

"E todos os homenzinhos de antes fugiram
Sob a luz que vinha e voltava"

Na cidade das nuvens nos os vimos lutar
Na cidade do mar nos os vimos rezar
Seus deuses estavam bravos
E os anjos discutiam entre si
Alguns desceram e outros subiram
E os céus caiam

Era como se sonhássemos
Uma guerra divina para a humanidade
Gastando a santidade com milagres
Que faziam os deuses chorarem
E suas lagrimas ardiam como sóis

Nos os deixamos tristes
E eles nos deixaram sós
Toda a culpa destinada a eles
Por confiarem em nós

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Over Blessing

Em um frasco repousavam suas lagrimas
Cintilantes se moviam de la para cá
Como se tivessem algo para falar
Embaralhavam-se umas dentro das outra
Se desfaziam, e voltavam a cintilar

Em uma jaula dormia sua alma
Cansada de lutar ela esperava
Sem esperança para vagar ela olhava
Tentando apenas esperar o tempo a levar
Para na escuridão tornar a repousar

Escondia suas marcas
Para que a verdade doesse menos
Enquanto cantarolava
Requien mortuus anima

Dentro de um baú quebrado
Guardava suas lembranças
E fazia delas um livro das sombras
Pois sabia que ali estavam
E as queria longe de si
Era o que pedia
O que implorava

Para que seus olhos não mostrassem
A solidão de suas lagrimas frias

A tristeza de sua alma sozinha
"Requiem, requiem, requiem"
Cante para mim Deus

Fake Love

Aqueles olhos negros fugiam de mim
Beijo de serpente mortal
Agora o gosto do tempo
Respinga em meu rosto
E minha mente se recusa a dormir

Sobe em meu peito
Uma brisa de gelo
Teus olhos negros brilham aqui

Finja sucumbir a teu sorriso
Ironia debruçada em teus ombros
Cinderela vestida de espinhos
Correndo para o abismo
De sua alegria
Olhe meus olhos de novo

Sob a luz que vem do vazio
Um orgulho falso se posiciona

Doces palavras para contar verdades
Tão reais quanto as mentiras
Se desfazendo em seus olhos
Antes do brilho ir embora