E o amor que era eterno o que virou?
Dobrou a esquina e me deixou
Virou as costas tristes e voou
Rumou pra o infinito eterno que encontrou
E o amor que era belo o que virou?
Um disfarce sorridente plenamente amargurado
Descontente de seus enganos
Fazendo para si mesmo, sozinho, novos planos
E o amor que era solido o que virou?
Uma poça secando ao sol
Uma luz fraca em antigo farol
Uma alegoria da agonia
E o amor que era puro o que virou?
Uma meretriz dizendo ser atriz
Um vingança sórdida e mórbida
Entorpecida de encantos jogada pelos cantos
E o amor que era meu o que restou?
Nada, apenas uma porta escancarada
Um asilo, um abrigo escondido
Um caminho insano perdido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário