quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Something So Deep

S.S.D 
Do que temos tanto medo?
Tudo é tão certo e tão confuso ao mesmo tempo
Realidade, não é nada, alem do que tememos
Verdade, é apenas, uma forma de conforto

Você pode sentir a cavidade se estreitar
Até não conseguir sair de dentro
Desse lugar onde entramos sozinhos

Procurar tão profundamente por clareza
Nos leva a um lugar onde ela não existe
Não sabemos como voltar
Estamos perdidos dentro dos temores
Profetizando verdades do futuro
Mas não conseguimos aceitar o presente
Desse lugar onde entramos sozinhos

Tentamos apreciar a beleza
Vislumbrar o que gostamos
Esquecer o que não interessa mais, mas
Nos tornamos um esboço do que planejamos
Desejamos abraçar a verdade
Para nos sentir confortáveis
Cobiçando, ao mesmo tempo, a incerteza
Para podermos novamente buscar
O que jogamos fora

Seguindo as possibilidades
Existe tanto a ser visto
Então para que insistir 
Em erros tão pequenos

Vamos sair desse buraco estreito
Onde entramos sozinhos
S.S.D

Eleva-te

Alem das luzes, esconde-se o principio da sombras
Por traz de paredes decadentes estão escondidas
As mensagens dos muros de diamante

Abandonado dentro de mim
O caminho escrito em mármore,
Talhado de carvão e escuro futuro
A benevolência que criou minha conciência

Alem do futuro, o emblema do passado se ostenta
Por traz da Lua, eu não conseguirei...
Não posso lembrar, não posso deixar
Condena-me com tuas maldições

Cubra-me com teu véu tremulo
Tente me esconder como tantas coisas
Desposa-me do compromisso eterno

Eleva-te oh espírito
Encontra a liberdade
Ilumina-te para a verdade
Tema tua queda
Até que ela seja tua
Para sempre...
Até que ela seja eterna

domingo, 20 de novembro de 2011

Us

Nos teus olhos, ou escondido atrás deles
Nos teus versos, ou perdidos neles
Nos teus sorrisos ou fugindo deles

Torna-me de volta, deixe-me ser o que eu era
Por que me deixastes ser isso?
Não quero ser a tua tristeza
Os erros de um amanha fosco
Nubla minha mente, essa estranha sensação 
De que NADA tem uma razão

Nos meus olhos, ou trancado neles
Nos meus versos, ou nas sombras deles
Nos meus sorrisos, ou no que eles deveriam ser

Fala que devo esquecer e voltar para sempre
Adormecer dentro de um sonho mórbido
E não me permitir acordar para viver de novo
Trancar aqui a esperança
Até que possamos sumir juntos

Nos nossos olhos, ou o que eles criam
Nos nossos versos, ou o que desejam falar
Nos nossos sorrisos, ou o que eles tentam iluminar

Nossos Desejos

Apenas deseje aquilo que pode te completar
O paraíso para alguns pode parecer demais
Então apenas deseje aquilo que for te completar

Sinta o suspiro do Universo
Ele está sussurrando conspirações
Alinhando suas estrelas, para te deixar ir
E você desejando o que te fará sucumbir
Porque não conseguimos viver com aquilo que nos faz sorrir

Ouça as palavras que o mundo está falando
Talvez você esteja surdo por seus gritos de socorro
Os lagos estão transbordando para você
E tu insiste em correr, até se perder

Não deseje a culpa e a infâmia
Não guia-te pela fúria ou pela ganancia
Mas também não se permita ser um poço de bondade
Debaixo de peles frágeis se esconde a maldade

Apenas deseje aquilo que pode te completar
Mas tenha cuidado com o que desejar
Se tu fores incompleto, será disso
Que teus desejos estarão repletos

sábado, 19 de novembro de 2011

E se for isso?!

Amor é a cura para qualquer doença
Seja lá qual for
Amor renova e apaga
Renova lágrimas secas e as transforma
Apaga augúrios sussurrantes
Tornando a voz de novo brasante
Renova as coisas antigas
Traz de volta a vida e a graça
De velhas piadas a muito contadas
Transforma a paisagem fosca e cinza
Em uma palheta de tinta coberta de purpurina 


Amor é a cura para qualquer doença
Seja lá qual for
Ele é o vigor estonteante
Uma sinfonia constante
De notas harmónicas e som retumbante


Mas não falo de amor adolescente
Uma paixão ardente que inflama


Falo de um belo, soberbo, supremo
Que vai alem das palavras de uma serenata
Ou até mesmo de um poema
Não deve ser exibido como um emblema
Mas curar tuas doenças
Criar dilemas, iluminar a escuridão
E preencher o vazio da tua solidão

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Um doce sabor de amargo

Ainda que suas verdades não sejam doces
São mais suaves que minha velhas mentiras
Talvez me machuquem, talvez me afundem
Mas ainda são verdades, aquilo que todos buscam...

Como um doce sabor amargo
Eu as senti descendo por minha garganta
Me entorpecendo de duvidas
Eu as quero para mim!

Um arcanjo negro
Caído para as sombras
Suas verdades tomaram-me assim, de subito
E eu não sei o que dizer...

Talvez eu fique assim por muito
Talvez eu lamente muito por isso ser assim

Posso tomar para mim suas lagrimas
Se existem sombras em ti, talvez eu posso ser uma pequena luz
Mas não me deixe sozinho no escuro
Eu tenho medo dele
Ao menos me diga que posso tentar
Ao menos me diga por onde começar

Deixe-me beber teu sangue para desfrutarmos da imortalidade
Sangrarei por ti, e tu sangraras por mim

Esperarei incansaveis dias de verão
Não repousarei nas noites gelidas de inverno
Estarei em pé, mesmo caindo, estarei forte mesmo morrendo
Te esperarei por muito e muito tempo...

domingo, 13 de novembro de 2011

Casa de Bonecas

Brincadeiras inocentes
São tão bonitas de serem vistas
Mas hoje em dia as vejo perdidas
E um tanto isoladas
Dentro de caixas meio quadradas
Onde as meninas são robotizadas
E sorriem apenas com suas mentes
Não mais com suas almas

Pequeno Paraiso

Meu pequeno paraíso
Como é bom ver teu sorriso
Meu pequeno paraíso
Tu é tudo que eu preciso
Meu pequeno paraíso

Minha santidade
Meu elmo de sanidade
Meu escudo glorioso
Meu punho vitorioso
Meu pequeno paraíso
É na vida o que procuro
E tudo o que preciso
É do meu pequeno paraíso

Nas Nuvens

Rabiscado de branco no céu
Um homem com um belo chapéu
Rabiscado de cinza no azul
As cortinas de lugar algum

Passam a cada dia por ti e por mim
Aguas lindas sem fim
Talvez lá de cima elas possam ver
O futuro que está para chegar
E tentam nos avisar
Mas nós estamos muito ocupados para olhar
Ou para pensar que qualquer coisa
Possa saber mais que nós mesmos

Acabamos esquecendo
Que quando nascemos
Essas aguas escoavam pelas florestas do mundo
E que em um segundo elas se transformam
E caem para limpar a tristeza
Ou lembrar que ela existe
Formas reais ou mera imaginação
Nas nuvens da ilusão

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Minha Maskara Pela Sua

Como uma bola de neve          
Uma fagulha na pólvora
Armas engatilhadas e apontadas
Para a sua cabeça e para a minha

Assim eu cheguei ate aqui
Olho por olho, dente por dente, sangue por sangue
Meu deus pelo seu, suas escolhas pelas minhas
Seu futuro encontrarei um dia

Assim cheguei até aqui 
Afundando e imergindo
Triste mas sorrindo
Sendo assim, ou talvez fingindo
Triste mas sorrindo
Afundando e emergindo
Triste mas sorrindo
Sendo eu mesmo
Ou fingindo


Até o céu eu pude subir
Sem medo de cair
Sem pensar em descer
Não pude ver o mundo adoecer
Passo a passo, palavra por palavra
Olho por olho, dente por dente
Minha mascara pela sua

Assim cheguei até aqui
Afundando e imergindo
Triste mas sorrindo
Sendo assim, ou talvez fingindo
Triste mas sorrindo
Afundando e emergindo
Triste mas sorrindo
Sendo eu mesmo
Ou fingindo


E minha alma nem lembro onde guardei
Ou em qual das mascaras quebradas a abandonei

Assim cheguei até aqui
E aqui sempre estive
Porque nada do que tive
Era como sonhei
Talvez nem lembre
Da primeira mascara que forjei

Porque nada do que tive
Era como sonhei



A primeira mascara que forjei...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Exilium

Deixe-me, mas leve-me contigo
Desta vez me diga quem seremos
Abra teu livro e me conte tua historia
Do teu mundo deteriorado por acreditar
Que aquele que te nomeou alguém
Pode te deixar como um coadjuvante
Na historia mais triste desse mundo
Diga por que tão fundo?

Tua obsessão, tua devoção
Tua ardente paixão por ele
Te fizeram ser assim
E assim ele te fez cair
Em silencio tu o adorará
Porque onde quer que vá tu ouvira aquele nome
E sombra há sempre de ser
Pois teus desejos estão queimando
Assim ele te condenou a ser
Brinquedo ilusório 
Liberto para ser escravo
Sem vontade
Sem perdão
Sem beleza alguma
Trancado para sempre, condenado
Se tua gloria for santificada
Quem será o profano da historia
Quem será o depravado maldito
O obcecado por poder...
E em silencio tu o adorará
Porque onde quer que vá ouvira aquele nome
Brinquedo ilusório
Liberto para ser escravo
Sem vontade
Sem perdão
Sem beleza alguma
Trancado para sempre, condenado

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Inflame!

-Ainda que o sol não ardesse como chama sobre nossas cabeças... Ah! Eu te sinto respirar, eu te sinto me tocar...

Levante-te oh brisa do meu dia de verão
Vem refrescar minha conturbada mente com tua ardente paixão
E de que importa o tempo? Pra que serve razão?
Lamentam-se os dias que não sabem como é sentir o que sinto
Lamentam-se as Primaveras passadas que tiveram suas belezas desperdiçadas
Pois não estávamos la para que pudessem saber sua própria razão!

Que tu sejas meu ar! A agua que lava minha alma!
O chão firme sobres meus pés! o Fogo de meu coração!
E que possa eu ser teu em equivalente comunhão...

Mesmo que sequem os mares, e as estrelas se acabem
Que o céu se torne purpura então! Pois não permitirei
Não deixarei que suma essa emoção
Que EU me torne refem dela, que ELA seja minha prisão
Meu calabouço, minha condenação
Pois assim poderei ser teu guardião

Abraça-me até que o céu se torne negro
Deixe esse momento viver para sempre
Teus olhos me arrebataram
Para esse mundo turbulento
E agora me perco e lamento...
Por que o tempo?
Por quanto tempo?
Isso não tem razão?!
Mas você é minha razão!

Deixe-me te ver
Deixe-me ser o começo da tua estrada
Que as aguas passadas sumam de uma uma vez
E possamos beber desse rio puro a frente
Que sejamos a nascente e a vertente limpida
Para banhar o mundo
E que o mundo seja nosso porto
Que sejas o meu e eu o teu conforto!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Ignosce Mihi Deus

Uma capela tão silenciosa
Orações tão baixas de lá saiam
E a paz por ali se encontrava
Uma capela tão cautelosa
Gemidos tão discretos lá ficavam
E a falta de pudor ali morava
E na vergonha se entrelaçava
Um menino tão belo
E um coração tão grande
Uma espada de lâmina afiada
O sangue por ali jamais passara
O medo de sentir novamente
Que Deus o violentou
Espada afiada que deus provou
E os suspiros tão frágeis
Que ninguém testemunhou
Apenas o puro anjo que condenava
A obra que o demônio adorava
Pode ver que aquilo
Por fim acabou