terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ampulheta

Areia, em fogo é vidro,
No tempo, vida é frágil,
Agua, de gelo é neve furtada
Das estrelas frias,
Correnteza, parada em teus olhos, caminho.

Ampulheta virada, eternidade contada,
7 versos rimados, 9 dias findados,
11 milagres negados, 13 castigos pregados,
Vozes que cantam perdão, ouvidos de negação,
Obliquo e sereno, em teu pranto morrendo.
Verdade em mentira, ilusão,
Precipício sem fim, solidão.


The Fall of the Brightest Star

Mergulhado nesse mar distante,
Bebendo suas aguas místicas
Que me embriagam de você,
Nós estamos tão perto.

“Meus pensamentos brilham por ti
Minhas visões clamando teu mundo,
Meu coração temeroso
Apenas esperando, esperando.
Tentando respirar dentro desse mar.”

Somos o enigma
Que vaga em teus sonhos,
Uma pequena lembrança
Nesse oceano celeste.

“Meus pensamentos brilham por ti
Minhas visões clamando teu mundo,
Meu coração temeroso
Apenas esperando, esperando.
Tentando respirar dentro desse mar.”

-Traga o Sol para brilhar em teus olhos.

Do silencio surgem minhas palavras,
Borradas em luzes estelares,
O tempo que antes estava contra mim
Agora repousa em meus braços,
Dormindo por uma eternidade.

Nossas crianças nasceram,
Uma vez mais,
Da escuridão surge nossa luz azul,
Seus olhos fechados não podem ver
A alegria que deveriam trazer.

Leve-me para casa


Ou ficarei aqui,
Sentado na escuridão
Cuidando dos sonhos.
Sorrindo gentilmente.

“Procurem-nos, culpem-nos
Encontrem-nos, destruam-nos
Esqueçam-nos.”

Vejam-me, peçam-me
Matem-me, reneguem-me
Todos os dias, de todas as formas.
Eu posso pertencer a vocês,
E vocês repousarem em mim
Até que o tempo volte a dormir.

Eu sou a luz das estrelas,
A verdade desencaminhada,
O grito da esperança sonolenta.

“Meus pensamentos brilham por ti
Minhas visões clamando teu mundo
Meu coração temeroso
Apenas esperando, esperando
Tentando respirar dentro desse mar.”

Sou a estrela que caiu
Eu cai apenas para brilhar perto de ti
Minha luz sempre ira permear a vida
Eu sou a estrela mais brilhante.

Som do Sol

Um velho homem estava sussurrando
Nos ouvidos dos ventos o som do Sol.
Ele dizia ver o tempo crescendo,
As cinzas se tornando campos,
E as montanhas caindo dentro do mar.
A realidade se tornava uma neblina,
E os homens sopravam-na
Para onde achavam mais confortável

O Som do Sol
Ardendo sobre nossas vidas,
Somos escravos criadores
De nossa própria prisão.

E assim se levantaram os primeiros,
Suas palavras não deveriam ser sãs,
Mas quando a sanidade desposa-se da razão
O mundo mergulha em sua própria lembrança
E o som do trovão explode na estratosfera.

Os deuses estão zangados.

As escolhas trarão a verdade
Mesmo que deixamos de lado à vontade
De ouvir com nossos próprios ouvidos.
E assim os que vieram por ultimo os seguiram.

Suas obras eram admiráveis,
Nossas mãos estavam cansadas,
Nossas historias abandonadas,
Eternamente fugimos do preço,
Mas na encosta dos antigos tempos
Tudo estará esperando o Som do Sol
Retornar para queimar e clarear.

Por todo nosso egoísmo,
Por todos os nossos pecados
Devemos mostrar piedade!
Não erguer uma verdade sem saber sua designação,
Não condenar um crime sem saber sua condenação!
Não perdoar um inimigo sem apertar sua mão!
Ouça o Som do Sol tocar teu coração
Clemencia e esperança são a voz da nossa razão!



quarta-feira, 27 de março de 2013

A Luz Escura



Você está cansado de vir aqui,
Surpreso com toda a alegria que não pode ter.
Você vive por mim? Você vive por alguém?
Tudo pertence a alguma coisa,
A algum lugar no tempo.
Isso não é o que deve ser,
Sua luz está se tornando escura;
O tempo está escrevendo sobre suas linhas;
Seus medos estão te tornando um refugio;
Seus gritos trancados em seus erros,
E todos os dias se transformam
Em uma eterna lembrança cálida.

Capturou a esperança por uma única razão:
Ela não pode morrer nem ser deixada para trás.
Talvez seja sua única chance de ver,
De conseguir suportar os sonhos que estão presos
Junto à luz escura que brilha
Dentro dessa verdade.
Dentro dessa escuridão
Existe um caminho,
Onde as lágrimas, cristalinas,
Estão brilhando como uma estrada,
Um elo esquecido que cruza esses anos
E pode te trazer de volta. 

“Eu tentei ao máximo que consegui
Dizer a mim mesmo que tudo se foi,
Estou sozinho e confuso,
Com meus medos me abraçando
E todas essas luzes me cegando
Eu apenas quero ir para longe disso
Mesmo que minha luz se torne escura.”
 


sábado, 16 de março de 2013

Miragem


Liquida miragem
Por que me trouxe aqui?
Liquida verdade
Vestida de sombras
Por que alimenta minha tristeza?
Apenas me deixe ir...


Venha maravilhar meus olhos,
Quebrar toda minha agonia
Sem nunca desejar nada em troca,
Seus truques me deixam embriagado
Suas palavras de anjo
Me tornaram fraco!
 
Eu não posso mais suportar isso,
Mas eu não desejo viver sem essa

Miragem de alegria
Por que me destrói assim?
Miragem de conforto
Com meus desejos expostos
Por que me condenas assim?
Apenas me deixe...
 
Viver por mais um dia ao seu lado
Me de essas asas eu quero voar,
Cure minhas dores
E me jogue nas trevas de novo
Mas, por favor, não me deixe
Não me deixe ir!

Eu disse que te perdôo depois de tudo
Suas verdades para mim são apenas
 
Uma miragem eufórica
Voando junto comigo,
Uma miragem desbotada
Colorindo essa aquarela partida
Miragem contraditória
Apenas nos deixe ir...