terça-feira, 19 de julho de 2011

O Homem solitário

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua canção esquecida
Recitando o poema do fim do mundo
Por mais uma vez, por mais um século

O giro da tormenta do homem da colheita
A risada debochada de sua estrada sem fim
O homem de terno desbotado colhendo seus frutos caídos
Rezando por pessoas aleatórias que nem conhecem suas historias

O homem que procura por um caminho
Sem saber para onde vai, mas nunca perdido

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua canção temida
Recitando o poema dos novos dias
Por mais uma vez, por mais um século

Farolete da vida nas costas da morte
Ele segue uma luz cega que nunca cessa
Mas não deseja parar de apagá-la
Ou tentar muda-la

O homem lunático com sua face de fogo
Caçando a noite para beija-lá

E assim ele cegue, sem negar quem é
Sem esquecer o que foi
Sem desistir de quem será
Sem parar de lutar

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua serenata Tremere
Recitando o cântico dos imortais
Por mais uma vez, por século a mais

Tempo de lembrar Parte 2

      Naquele dia fazia um pouco de frio, pelo menos para eu fazia. um fim de tarde como o de costume, saindo do meu belíssimo emprego, algo que eu sonhava fazer desde criança, se eu ao menos lembrasse do que gostava quando era criança, ou se soubesse quando fui uma. Nas ruas as pessoas passavam por mim com seus fones altos e cabeças baixas. Alguém atrasado correndo para um lado, alguém preocupado se esgueirando por outro, e alguns solitários mergulhados em sombras de si mesmos, talvez eu fosse um desses, mas não posso saber quem sou, não me vejo pelos olhos de outros, pois hoje em dia é assim que funciona não? Só somos o que os outros pensam de nós, mas o que isso importa realmente, o quanto isso importa para eu ou para você? Eu não sei e você talvez nunca saiba, pois como já disse, você não esta se vendo pelos olhos outro alguém.

      A tarde ia caindo lentamente e as luzes da cidade aos poucos se ascendiam, as cores mudavam, é curioso como a luz muda as coisas não? Por alguma razão eu resolvi mudar o rumo da minha noite, fui a um barzinho da cidade baixa, não me importava qual, apenas queria beber alguma coisa, passar um tempo em algum lugar diferente, mesmo que fosse sozinho, não me importava, era o que tinha de fazer, acho que isso tinha haver com um livro que eu li à algum tempo atrás, aqueles que falam sobre atração mental e tudo mais, algo muito interessante, que as vezes acabamos esquecendo. E por falar em esquecer, como as lembranças são belas, não consigo me imaginar sem elas, fotografias são bonitas, mas ir a algum lugar e ver que continua igual, e ter ele ali na sua memoria, intacto, intocado pelo tempo, não existe nada melhor, por mais que as cores originais não existam mais, e tudo ali tenha findado, em nossas mentes o lugar permanece límpido de qualquer coisa, até mesmo da dor que possa ter seguido por aqueles caminhos. Me sentei já com minha cerveja nas mãos, acendi um cigarro e fiquei la por um tempo, pensando. Peguei na minha mochila um caderno e comecei a rabiscar algo, adoro desenhar, pra mim é mais que um hobby é algo que amo fazer, e sempre o faço. Cada pagina daquele caderno tinha um pouco de mim, da minha mente, e fiquei por um tempo procurando algo para desenhar. Mais uma vez as malditas lembranças, minha tela favorita, minha inspiração, meu ponto de partida, apesar de não tem mais nem uma imagem dele, ali no caderno, eu as tenho as pencas em minha mente, mas desejavas apaga-las, como eu desejava... Então vi alguém entrando, uma taça de vinho, sozinho, ele parecia não estar nem ai para ninguém lá, mas quando aquela linda musica começou a tocar, foi nítido, seu rosto mudou completamente, e eu aproveitei e comecei a rabiscar seu rosto no meu caderno, ele não podia me ver, não enquanto aquela musica tocava, e mesmo que me visse, seria muito difícil que... enfim, fiquei desenhando aquele rosto encantador no meu caderno, talvez algo que me fora dado para lembrar daquele dia.

Continua...

O Lobo e a Lua

O céu vermelho se vai, lentamente a noite cai
Silenciosa a dama da noite lança seu olhar...
O brilho prateado de seus olhos
Como um farol solitário traz a luz
As estrelas minúsculas
Fazem sua beleza ressaltar

Passos sorrateiros, seguindo o que não se sabe
Olhos fixos para o céu
Sob o negro céu a brilhar

O lobo e a lua
Eternos amantes
E assim tão distantes

Clamando e recitando
Seu eterno canto de amor
O uivo do solitário lobo pela noite paira
Tentando mostrar para a rainha da noite
Que sua lamuria de amor para sempre ecoara


Silenciosa ela observa sem poder falar
E lá, tão longe do ar
Brilhante e cada vez mais iluminada

O Lobo e a Lua
Destinos traçados
O Lobo a uivar e a Lua a brilhar
Eternos amantes
Sem poder se tocar

A lamuria do Lobo pelo mundo ficara
E o brilho da Lua iluminara a noite
Fazendo o amor reinar
O Lobo e a Lua


domingo, 17 de julho de 2011

Tementes

Ela chorava triste olhando no chão rabiscado
Rabiscos de sua alma que inocente brincava
Na encosta dos seus medos tão solitários

E ao longe pode ouvir o som do trovão chegar
E pode ver as pessoas correndo tentando esconder
Quem elas deveriam proteger,  mas temer era o que faziam

As chamas das novas esperanças se ascendiam
Todos riam, enquanto choravam e sangravam
Pela culpa que seus olhos, olhavam queimar

Todos temiam aqueles que vieram e falaram no seu falso altar
De esperanças mortas e alegrias forjadas
Como uma triste meretriz de sangue nobre

Ela chorava triste olhando no chão rabiscado
Os símbolos criados para uma união
Na encosta de seus sonhos arruinados

As verdades que traziam eram tão frias
Que os corações partiam e as almas morriam
Por não mais poderem escolher quem seriam


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Esperando em sonhos

Feche seus olhos
E mergulhe nesse oceano
De paixão e mentiras
Viva todas as sensações
Abandone as razões

Em um lugar onde as cores estão foscas
E toda a Inocência cercada
Dessa maliana perversão
Eu estou esperando por você

Guarda-me no teu peito
Veja-me brilhando, esperando e sonhando
Com os sonhos adormecidos E medos confundidos
Eu vou te esperar para me despertar

Dormindo para sempre
Esperando um beijo seu para acordar
Sua pessoa pode fazer a minha reviver
Pois esta em você a chave da minha existência

Meus sonhos se guardam
Na bainha da tua espada flamejante
Que pode derrotar os inimigos que me guardam
E dormindo te esperarei chegar com a chave
Do nosso conclave do amor de verdade

Em tempo de lembrar Parte 1





Sentei em um barzinho, aqui na Cidade Baixa em Porto Alegre, a meia-luz do lugar deixava todos com um semblante diferente, é curioso como a luz muda as coisas não? Pedi uma taça de vinho e me sentei em uma mesa no fundo do bar, as pessoas riam e conversavam, eu olhei em volta e tomei um pouco do vinho, bebia pensando na vida, nos meus conflitos, embebedava-me em lembranças, hora eufóricas, hora lastimantes. E aquela musica começou a tocar, ah! Eu me lembro dela, sim, vivida em minha mente, quando começou a tocar foi como se tudo ali mudasse, uma amigo certa vez disse que perfumes e musicas são maquinas do tempo, e foi no tempo que me perdi, O cenário inteiro mudou em minha mente, era como se eu não estivesse mais sentado ali, me vi em pé dançando e olhando nos olhos daquela pessoa que para mim foi tão especial, eu fiquei lá parado como um fantasma em minha própria mente, enquanto dançávamos e nos olhávamos, havia um grosso carpete sob nossos pés descalços, olhares de amor, que mudavam pra paixão, recitávamos cânticos eloquentes para propagar aquela emoção tão ardente e então parávamos, beijos chegavam, para nos transmutar e nos escondíamos dentro de nos mesmos, então deitávamos para descansar. As estações passavam por nós como carros na estrada, com muitas formas e cores diferentes, as vezes se repetiam mas nunca eram iguais.
Enquanto tocava a musica todos pareciam ter desaparecido a minha volta, suas inconveniêncas, seus comentários descatarveis, nada disso podia fazer, se quer, uma sombra na àquelas belas memorias. Aqueles poucos minutos duraram muito tempo para mim, mas logo tudo acabou... de novo.

Continua...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Apresentação Singela

  -Bem não ha muito o que dizer, ou talvez haja muito a ser dito e isso seja retórico, porque cada pessoa é um pedaço do todo, fragmnentos da mesma essência, por isso dizem os físicos quânticos: Somos 99% iguáis, mas 100% diferentes. Mas o "não há muito a se dizer", que eu me refiro, são a apresentações e formalidades, enfim. Hoje dia 14/07/2011 estou criando esse blog, para poder compartilhar com quem achar interessante, um pouco do que eu escrevo e penso, não sou filosofo, psicologo, professor nem nada do genero, so uma pessoa que, ama poesias, filmes, artes marciais, series de televisão, e animes! Hoje é um dia especial, não é nem uma data importante ou coisa assim, é inverno, moro no Rio Grande do Sul, está frio e chovendo e eu sentado, na frente computador, semi coberto, com olhos vidrados nessas palvras massantes que saem aos pucos da minha mente e aparecem nessa tela brilhante a minha frente! E assim eu fico por aqui com minhas apresentação. Obrigado!