terça-feira, 19 de julho de 2011

O Homem solitário

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua canção esquecida
Recitando o poema do fim do mundo
Por mais uma vez, por mais um século

O giro da tormenta do homem da colheita
A risada debochada de sua estrada sem fim
O homem de terno desbotado colhendo seus frutos caídos
Rezando por pessoas aleatórias que nem conhecem suas historias

O homem que procura por um caminho
Sem saber para onde vai, mas nunca perdido

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua canção temida
Recitando o poema dos novos dias
Por mais uma vez, por mais um século

Farolete da vida nas costas da morte
Ele segue uma luz cega que nunca cessa
Mas não deseja parar de apagá-la
Ou tentar muda-la

O homem lunático com sua face de fogo
Caçando a noite para beija-lá

E assim ele cegue, sem negar quem é
Sem esquecer o que foi
Sem desistir de quem será
Sem parar de lutar

O homem solitário andando pela Terra
Cantando sua serenata Tremere
Recitando o cântico dos imortais
Por mais uma vez, por século a mais

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